Babywearing

Durante a gravidez comprei um sling (pouch sling), mas não me adaptei. Não digo que não sejam excelentes, mas sentia o bebé "solto" e, por isso, não sentia segurança para ter as mãos livres, tinha sempre de ter uma mão a apoiá-lo.

Quando o David tinha 3 meses, descobri, com a Cristina Pincho, que o pano (wrap sling) não é nenhum bicho-de-sete-cabeças e que até é simples de usar. Fiquei fã. Passei a usá-lo não só para transporte, mas também para dar colo enquanto fazia outras coisas e para ele dormir sestas (na rua, na casa de amigos ou quando tinha visitas em casa).

Quando ele começou a ser mais pesado, por volta dos 6 meses, aderi à mochila ergonómica (ergobaby) e agora não quero outra coisa. Muito simples de pôr e tirar, confortável (para mim e para ele, tal como o pano) e utilizo para os mesmos fins que o pano.

Quando vou a um restaurante, por exemplo, adormeço-o na mochila e janto com ele ali. Não tenho de estar sempre preocupada a olhar para o carrinho, com medo que ele acorde assustado com o barulho. Está ali, colado a mim, eu estou tranquila e ele sente-se tão seguro que não acorda com nada.

Os benefícios do babywearing para o bebé e para relação mãe-bebé são já bastante conhecidos. Mas ver, realmente, o efeito tranquilizador que esta prática tem sobre o bebé é fascinante. Parece que todos os seus problemas desaparecem: cansaço, frustração, medo...

Sempre que ando com o David na mochila, oiço comentários do género, "ai que giro, parece que ainda está na barriga", ou "vê-se mesmo que ele adora estar aí, está tão aconchegadinho". Só tenho pena que depois não se veja, efectivamente, muitas pessoas a aderir a esta prática.

Parece que os carrinhos são mais confortáveis para as mães (eu não concordo). Mas também o serão para os bebés? Responderão às suas necessidades? Parece-me que não...

Nota: não sou fundamentalista, também uso carrinho, qb.