Para as crianças que estão a tempo-inteiro com as mães, ou que ficam aos cuidados das avós ou de outras pessoas da confiança dos pais, coloca-se a questão: quando ingressar no sistema de ensino?
Já ouvi várias opiniões: quando fizer 1 ano, após os 3 anos, apenas aos 5 anos...
Quem defende que os bebés devem ser integrados em creche (antes dos 3 anos), considera importante o contacto com as outras crianças e as imunidades que vão sendo adquiridas (nas várias situações de doenças contagiosas).
Por outro lado, os pais que consideram importante os filhos ficarem a seu cargo (ou dos avós...) o máximo de tempo possível, defendem que o que as crianças necessitam, antes do ingresso no pré-escolar (ou no 1º ciclo), é de estar aos cuidados de um cuidador com quem mantenham um bom vínculo afectivo.
Cá em casa consideramos que ingressar em valência de creche (antes dos 3 anos) está fora de questão. Em príncipio, concordamos com a entrada no pré-escolar (depois dos 3 anos), no entanto, essa decisão irá depender dos sinais dados, no momento, pelo nosso filho e não tanto de ideias pré-concebidas com tanto tempo de antecedência.
E aí em casa, qual é a opinião?
A Madalena foi para a creche contra a minha vontade aos 7 meses...foi e veio!! Porque 3 manhas apenas lá e ficou cheia de doenças!! Foi conjuntivite, constipação, gastroentrite...enfim...Eu acho que cada pai sente o que é melhor para os filhos, eu para mim so lá para os 2 anos!! E souda opinião médica que eles só começam a sociabilizar nessa altura tudo o resto só vai servir para apanharem doenças, não comerem porque estão doentes e não dormirem também!!! fala a experiencia cá de casa!!
ResponderEliminarPor nós cá em casa a piolha só entrava aos 3 anos na pré, mas isso tudo depende do meu desemprego. Caso arranje alguma coisa lá terá que ir para a creche antes. Caso arranje adoraria arranjar a meio tempo, de manhã trabalhar e ela estava na creche e a tarde estava comigo...agora só tempo o dirá.A minha filha tem 16meses e está tão desenvolvida como os filhos das minhas amigas/colegas e a nível de socialização é normal =)
ResponderEliminarMarilyn
Acho que tens toda a razão! Se bem q 3 anos acho um pouco cedo. Mesmo quando as crianças a essa idade mostram vontade de ir, tenho o exemplo da minha sobrinha que foi 2 semanas ou mais (nao sei bem) a chorar sempre que a deixavam lá... E antes e começar a ir andava sempre a falar nisso, toda entusiasmada... Antes dos 4 anos não tenho intenções de por a minha filha no infantário; só se não tivesse mesmo outra opção.
ResponderEliminarAcho impressionante aquelas pessoas que - ainda por cima não têm filhos - e defendem com unhas e dentes que - os nossos filhos! - devem ir ao ano ou aos dois porque precisam de socializar com outras crianças. E se dizemos que temos intenções de pôr bem mais tarde porque queremos ser nós a ficar com eles em casa, levamos logo com um "ai não faças isso" muito chocado, como se fosse a pior coisa do mundo uma criança ficar em casa com a mãe ou outro parente chegado.
Sinceramente nao vejo vantagem nenhuma em por uma criança tao cedo no infantario se pode ficar com a mãe/pai/avó/tia...
Mais um post mt pertinente!
Filipa BS
pois... a minha bebé agora com 8 meses foi para a creche aos 6 pq n tinha ninguém com quem a deixar. Nestes 2 meses contam-se 2 Bronquiolites e muito tempo em casa para as tratar. Neste momento, se pudesse, desistia da creche e só a punha no infantário aos 3 anos. Sou leiga no assunto, mas calculo que aos 3 seja mesmo importante.
ResponderEliminarConcordamos contigo. Cá em casa, a moyinha é que manda. E apesar de eu achar que ela estaria melhor em casa até aos 3 anos, a miúda adora companhia e diversão e pede para ir para a escola... Até aos 7 meses esteve exclusivamente comigo. Depois até aos 11 meses, comigo e com a avó. A partir dos 11 meses repartia o tempo diurno com a avó e com uma ama, cá em casa. A partir dos 28 meses, comigo, com as avós ou com a ama, mas já noutros locais. Sempre tivemos alguma atenção para a levar frequentemente a locais com outras crianças, e visitar casais amigos com amiguinhos. Ela sempre se mostrou muito sociável e interessada em comunicar e brincar com os outros. Desde os 30 meses que fica 2 dias por semana num ATL com mais 1 ou 2 crianças e ela adora aquilo, se bem que não é bem o que nós desejávamos para primeira experiência "institucional". Mas são muito simpáticos e perto de casa e ela está muito satisfeita. Nos dias que não vai lá, pede para ir. Assim, pensamos que se for possível, entrará para um jardim de infÂncia assim que completar os 36 meses, em regime parcial ou total, ou então aos 42 meses... porque é o que para nós faz sentido neste momento. A ideia era mantê-la com um cuidador principal (ou pelo menos ser ela a principal cuidada) até aos 3 anos e isso foi conseguido. Em termos de socialização e auto-confiança, o resultado foi muito bom. Quanto à imunidade, até aos 3 anos o sistema imunitário está a solidificar-se pelo que também correspondia à idade até à qual a quereríamos resguardar mais. Mas como ela já frequenta parques infantis e piscina semanal desde antes dos 12 meses, isso também não fazia muito sentido pois também estaria exposta nesses locais...
ResponderEliminarO meu filho filho entrou muitoooo recentemente, Faz 3 anos no próximo mês.
ResponderEliminarA integração correu muito bem, excepto a parte do almoço que estranhou!
Para mim, antes dos 3 é "abandona-los" num sitio, desconhecido, onde há outros seres a precisar de atenção.
Preferi por isso durante 3 anos, dar-lhe amor em casa junto da familia, mostrar-lhe o mundo devagar, apoia-lo qd se aleijava, leva-lo ao parque, supermercado, farmacia, loja, etc... para ir vendo o mundo lá fora!!!
Nesta altura está a meio tempo no infantário, para ter a possibilidade de brincar com outros meninos e aprender outras coisas novas. O outro meio-tempo e noite estou cá eu para o resto, eu e o pai :)
Como professora e mãe digo: se eles podem estar a ser "estragados de mimo" com os avós, pais, tios, etc... que sejam. Se infelizmente não existir esta opção...que remédio. nNunca percebi a história da imunidade...não faz sentido, o que acontece na realidade é eles repetirem várias vezes as doenças (constipações, amigdalites, otites e por aí). As doenças da infância (varicela, escarlatina e afins) eles só a têm uma vez, uns aos meses outros aos anos! Qual é a diferença? apanhar mais vezes as constipações, amigdalites, otites...e não lhes ganham imunidade. A nível social os 3 anos é a altura excelente, ideal.
ResponderEliminarVou falar do ponto de vista da criança que fui, tenho 20 anos e nada de filhotes nem perspectiva deles por enquanto, de modo que o que vou dizer é a minha experiência. (:
ResponderEliminarFiquei sempre em casa com a senhora que lá trabalhava. Os meus pais eram são professores mas tinham aquela senhora a tempo inteiro em casa, para tratar de mim e da casa, de modo que fiquei sempre com ela até entrar para a primária.
Entrei para o 1º ano com 5 anos (a fazer 6 em Novembro) e ainda hoje me recordo do tão horrível foi. Todos os meninos já se conheciam, porque vinham da pré e da creche ali ao lado, eu era a única que nunca ninguém tinha visto e que sempre foi posta um pouco de parte porque os outros já se conheciam todos e eu não. Bem sei que isto acontecia por ser de uma terra pequena, se estivéssemos a falar por exemplo de Lisboa, ninguém se conhecia e ponto final. Mas ali não, era eu a única "estranha" a cair ali no meio.
Aos poucos fui-me ambientando, mas tive sempre aquela sensação se ser a estranha. Fui crescendo, as turmas foram mudando, e eles conheciam-se sempre, por muito que eu já estivesse integrada, achava sempre que era menos que eles por não ter conhecido aquele ambiente de brincadeira de que tanto falavam. Isso e o facto de eu ir almoçar a casa sempre. Sim podem dizer-me que era benéfico, mas mais uma vez eu era praticamente a única. Os outros ficavam na brincadeira na escola ou na creche, e lá ia eu, sozinha, almoçar a casa. Nunca tinha histórias para contar, nunca tinha participado nas brincadeiras, nunca nada..
Hoje orgulho-me do que sou, e da forma como cresci. Muito porque acho que reagi bem a tudo isto, porque acho que podia ter vindo a ser das tais com problemas de integração social, mas consegui dar a volta a isso e hoje sou bastante comunicativa. Com aqueles que conheço bem (: Ainda hoje sinto que aquelas brincadeiras antes dos 5 anos, aquela integração nos primeiros anos de vida, me fizeram muita falta. Ainda hoje sinto que não sei bem lidar com pessoas que acabei de conhecer, e que caso tivesse começado a minha vida com esse estímulo, hoje em dia isso seria mais fácil ;)
Posso estar enganada, mas é o que sinto! (:
Eu tenho um bebé de 3 meses e meio e essa questão já foi muito abordada por nós papás. Também sou da tua opinião, antes dos 3 anos não considero muito benéfico colocá-lo numa creche. Defendem a importância da socialização deles, no entanto se se mantiver uma rotina de passeio a lugares com crianças acho que será uma mais valia, já que na família mais próxima só tenhamos o nosso bebé. O problema das doenças também me preocupa e muito e tenho casos próximos que todas as semanas é uma novidade, piolhos em crianças apartir de 1 ano de idade e toda a panóplia de ...ites que existem... Fiquei desempregada depois do parto e vamos tentar viver agora com apenas o rendimento do meu marido. Prefiro abdicar da minha vida profissional em prol de acompanhar o nosso filho nestes seus primeiros anos de vida, tudo vai depender das oportunidades que surgirem (trabalho, pré-escolar...) mas também é muito complicado encontrar creche de uma hora para a outra quando encontrar trabalho.
ResponderEliminarBem realmente é tudo mto bonito, mas qdo os dois trabalham (graças a Deus)e nao teem avos q possam ficar com eles, q remedio temos nos.
ResponderEliminarNo meu caso o piolhito foi com 6 meses para a creche e custou mais a nós q a ele pois nunca xorou nem reclamou ao contrario de mtos q qdo vamos levar e buscar estao sempre a xoramingar qdo veem algum pai a xegar. Agora com 10 meses é o pai q o leva para a creche e qdo xega la nem liga mais ao pai e só quer ir para a sala brincar.
Por isso nao é assim tao mau de todo e qdo nao se pode, tem mesmo de ser, é claro q ficar conosco é sempre uma mais valia.
Rita
Por nós, o nosso filho entrará na pré-primária com 3A e no primeiro ano ficará só me manhã (à tarde dormem e para dormir pode dormir em casa). Se sentir que ele precisa mais cedo, irá sempre apenas 2/3 manhãs. Começou na natação aos 6m e é sempre uma forma de conviver com outros bebés. Nós temos esta opção de o ter em casa e achamos que antes dos 3 anos ganha mais com esta opção mas vamos vivendo 1 dia de cada vez. Vai ficando com a avó, o pai e uma ama. (o pai tem sorte, tem horário flexível, a mãe vai gozando o horário de amamentação e sofre por estar tanto tempo longe). Micas
ResponderEliminarAlex,
ResponderEliminareu tb entrei para a primaria com 5 a fazer 6 em setembro. Sempre estive em casa com a minha mãe, era timida e pegada a ela. Custou-me bastante...
Só me lembro do primeiro dia chorar que nem uma perdida.
Lembro-me de dias depois alguem ir falar com a professora que eu chorava por não estar habituada aquela confusão de miudos e separação da minha mãe! Ou seja... devo ter continuado a chorar manhã inteiras a fio, mas não me lembro.
Na altura conhecia 2 ou 3 miudos da sala... mas isso não ajudou.
Se tivesse entrado mais cedo, não teria estranhado tanto? Talvez!!
A verdade é que sempre tive algumas dificuldades de integração, por feitio ou pelas experiencas desagradaveis que passei nos anos escolares seguintes...
Pois, lá está, acho o pré-escolar realmente importante, mas a creche não. E realmente essa de que "ganham imunidade" começa-me a irritar um pouco... Ai se eu pudesse tê-la com alguém...
ResponderEliminarA minha resposta podia ser copiada da Rita :) Claro que isso é tudo muito bonito quando nao se trabalha, ou se tem uma boa rede familiar. No nosso caso trabalhamos os dois e os familiares mais proximo vivem há 200km...nada fácil. O Martim foi para a creche com 6m, felizmente nunca adoeceu e teve sempre uma boa adaptaçao. A Ema está com 3m, vai para a creche tb ao 6. O ideal claro seria ficar em casa com eles nas a realidade de muitos pais sao essas...sem escolha.
ResponderEliminarQuer nos agrade ou não O Salvador terá que ir para a creche dentro de um mês, ou seja com 4 mesinhos...temos que trabalhar e rede familiar não existe...só sou eu e o meu marido...mas pior ainda vai ser quando eu deixar de ter horario reduzido (quando ele fizer 1 ano) e tiver que voltar aos turnos (manhas, tardes e noites) e como se não bastasse o marido também trabalha por turnos...vou confiar na nossa capacidade de ginasticar e no amor que nos une...
ResponderEliminarÉ verdade que a realidade é bem diferente da vontade...muitas de nós com o coração nas mãos e a chorar pelos cantos lá deixa os seus rebentos pequeninos ao cuidado de outros. No meu caso a minha princesa que vai fazer 6 anos para a semana entrou no infantário já quase a fazer os 5 anos...considerei a hipótese de ir directa para a escola primária mas depois, como já mencionaram algumas meninas acima, pensei na socialização e em como se sentiria deslocada por não conhecer nenhuma criança...e lá está ela muito bem adaptada e a fazer amiguinhos que vão com ela para a escola primária ;)
ResponderEliminarSinceramente, sinceramente... lá por casa o R. foi com 6 meses porque teve de ser e a irmã que está para nascer irá com a mesma idade! Embora ache que é muito cedo para irem para a creche, não tive nem tenho alternativa, de qualquer modo e dada a experiência, se acho que até determinada idade a creche pouco tem de mais valia, pelo contrário, nunca os deixaria ficar em casa até mais dos 20/24 meses! Acho que eles desenvolvem imenso, a relação com os meninos da idade deles importantissima e a criação de regras nem se fala! É mais uma opinião!
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