quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Realização Pessoal - Quero ser mãe a tempo-inteiro (ou quase!)


Ah, pois quero (ou melhor, quero trabalhar apenas duas tardes por semana)!. E oiço isto de muitas mães, que adoravam ser mães a tempo-inteiro, durante um determinado período das suas vidas. Infelizmente, na grande maioria das vezes, não é possível. Por vários motivos.

Em primeiro lugar, grande parte das famílias não consegue viver só com um ordenado, mesmo prescindindo de dois carros e de férias nas Maldivas.

Em segundo, porque uma mulher que saia do mercado de trabalho durante 2, 3 anos, dificilmente conseguirá voltar a inserir-se profissionalmente, sendo que o cenário piora se já se estiver a aproximar da casa dos 40.

Por último, existe a crítica. A crítica não influencia directamente a opção de se ser mãe a tempo-inteiro, mas está muito presente no momento de fazer essa escolha, de forma indirecta. Culturalmente, na nossa sociedade, esta opção não é bem vista e atinge, sem piedade, a auto-imagem de muitas mulheres. Se uma mulher decide dedicar 3 anos da sua vida à sua ascensão profissional, é muito valorizada. Agora, se decide dedicar esses mesmos 3 anos aos filhos, é altamente criticada. Penso que ambas as opções são legítimas, desde que nos façam felizes. A nós e aos nossos filhos.

Para mim, o meu filho será mais feliz se ficar aos meus cuidados, na maioria do tempo, durante os primeiros anos da sua vida. E eu também.

9 comentários:

  1. Eu tambem ficaria muito mais feliz... mas nao conseguimos viver d eum ordenado de 1500 euros apenas com mais do que isso de contas pra pagar.... por isso tenho mm de me sujeitar

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  2. Digo o mesmo. Deveria ser possivel às mães como de resto acho que é em alguns países desenvolvidos ficar com os seus bébes até aos 3 anos e trabalhar a tempo parcial, sem consequencias no futuro. infelizmente e na actual crise essa hipótese é completamente inviavel. Muito me doi ver que a minha filha tem dias que necessita mesmo de estar comigo e fica triste, mas mesmo triste, não são birras, de eu a ter de deixar na escola......:((

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  3. Pois, como eu disse, não é fácil...

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  4. boa, que bom saber que conseguirás fazer o que pretendes. Que cada vez mais mães consigam dar esse passo ruimo à realização pessoal.

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  5. Isa, mais de 1500 em despesas? e diminuir do lado da despesa, será que se consegue? Pergunta absurda né, de fosse possível já o teriam feito. Boa sorte.

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  6. Fiquei 1 ano fora do mercado de trabalho e já sinto a diferença. Vou voltar a trabalhar em Janeiro e felizmente por conta própria e o mais possível em part-time. Quero aproveitar ao máximo a minha filhota. Não ligo mas tenho ouvido muitas críticas por me dedicar tanto à minha filha e não querer saber de mais nada, como de ir trabalhar. Afinal, o q é mais importante neste momento?

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  7. Obrigada, want a miracle!

    Ana Carvalho, fico feliz por ti e pela tua filha! Pena que mais mulheres não possam ter essa oportunidade... Bjs

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  8. Eu sou e foi a decisão mais fácil que alguma vez tomei...ao fim de 6 meses (5 licença de maternidade + 1 mês de férias) de total entrega à minha filha voltei a trabalhar 6 horas por dia ( 3 de manha e 3 de tarde) e foi tornando-se evidente em mim que era insuportável viver assim...as criticas foram tantas e ainda são...mas não quero mesmo saber o que os outros pensam...assim somos todos muito mais felizes e hoje com dois filhotes sei que não existe nada mais importante que estar ao lado deles nesta altura em que dependem totalmente de nós ;)

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  9. Fiquei 5 meses em casa de licença com a filhota. O pai ficou mais um mês de licença. Depois ficou a avó com ela até ter 10 meses. Depois foi para a creche.
    Gostaria de ter ficado com ela até fazer 1 ano, mas não foi possível. Ficar com uma licença de maternidade a receber apenas 25% do vencimento era muito pouco, infelizmente.
    E há outra situação que a nossa lei não contempla. Deveria ser possível fazer descontos para a segurança social mesmo não estando a trabalhar. Isto é, eu queria ser mãe a tempo inteiro, pagaria mensalmente um valor para depois ter direito a reforma. Pois o que acontece às mães a tempo inteiro é que, quando chegarem à idade da reforma, não têm anos suficientes de descontos e ficam a receber uma miséria.

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